sexta-feira, março 31, 2006

Prende-me e não me largues

Prende-me a ti e não me soltes nunca, mesmo que eu queira fugir, mesmo que te diga que não quero mais isto...

Ás vezes instala-se um medo em mim e a primeira reacção é fugir, quando isso acontecer aconchega-me nos teus braços até o medo me passar e o teu calor me preencher totalmente. Lembra-me os momentos que passámos juntos, toca com os teus lábios nos meus e faz-me sentir o quanto preciso deles e de ti para seu EU, para ser EU mais TU...

"Não cabe em mim o que sinto - transborda"

E daí o medo, o medo de te perder, de me perder, de ser só eu, só eu sem ti. Porque serei sempre tua, talvez mesmo sem ser...

"Não cabe em mim o que sinto - transborda"

Por isso prende -me e não me largues porque eu sei o que quero, quero te a ti...

quinta-feira, março 23, 2006

....porque amanhã vai ser igual a hoje....

Hoje estou feliz. Apetece-me voar, voar até bem alto, para lá das nuvens. Quero sentar-me sobre elas encher os pulmões cheios de ar e gritar bem alto que “SOU FELIZ” .
Não tenho medo de um alto voo, aquela velha máxima de quanto maior é o voo maior será a queda não se aplica aqui. Não se aplica porque me sinto completamente cheia de tanta felicidade e se não mostrar para o mundo o que sinto tenho a sensação que rebento.

Apetece-me passear pelas ruas e lançar sorrisos a quem aparecer.
Não tenho medo de parecer uma louca porque me ri-o pelas ruas sozinha perdida neste Mundo de mundos. Porque o meu sorriso pode alegrar quem passa e mais do que tudo alegra-me a mim.

Apetece-me dançar, dançar até ficar sem forças e cair redonda no meio do chão de tanto cansaço.

Apetece-me sentar-me à beira mar despedir-me do Sol e saudar a Lua.

Apetece-me dizer-te boa noite dorme bem e lembrar-te de que me és muito importante. E se calhar é isso que vou fazer:


Boa noite meu amor!!


Amanhã vou fazer tudo de novo mas agora contigo...

sábado, março 18, 2006

--Porque lutas ?

--Porque a minha história não tem que acabar assim. Luto por ela porque acredito. E tu porque não lutas? Tens medo? Ou achaste incapaz de lutar?

O nosso quarto agora teu

Como tem sido hábito tu ficas no nosso quarto, e eu no quarto ao lado. Deixámos de ver filmes no final do dia de falar dos problemas diários e fomos alimentando o silêncio a pouco e pouco, e ele instalou-se nos nosso diálogos e parece estar seguro de que vai ficar.
Pergunto-me quando é que nos tornámos desconhecidos , vivendo na mesma casa? Quando é que a nossa cama o nosso quarto deixou de ter significado?
Tenho saudades tuas, e tu terás saudades ? O que se passou neste dois anos? Que aconteceu aquela sede, aquela vontade de estarmos juntos, às nossas viagens aos nossos fins-de-semana, ao nosso mundo que tantos invejavam, por ser tão diferente tão único e tão só nosso.
Tenho chegado cada vez mais tarde a casa, este silêncio da tua parte sufoca-me, torna-me pequeno e sem forças e talvez por isso os trabalhos lá no escritório tenham crescido, qualquer problema mínimo é razão para não me fazer voltar a casa e dar-me tempo. O tempo necessário para te ires deitar, no nosso agora teu quarto.
Estou perdido, estou completamente perdido. Quero te tanto ou mais do que aquele dia em que te pedi para casares comigo, para ser teu e tu seres minha.
Desculpa-me, ter deixado que este silêncio se instala-se. Desculpa-me ter feito com que deixasses de fazer parte do meu espaço, desculpa ter deixado que deixasses de partilhar o teu espaço comigo
Amo-te tanto, e passo por ti e não te toco, passas por mim e não te sinto. Porque não me tocas? Porque não te consigo tocar?
Estou cansado e um banho fazia-me bem, se calhar é isso que vou fazer tomar banho.
Sinto água a escorrer-me pelo corpo e imagino-te comigo, como dantes. A nossa música está a tocar e tu pareces entrar e juntar-te a mim. Tinha tantas saudades tuas , não sabes como este silêncio me tem sufocado, toca-me, deixa-me tocar-te, sente-me, deixa-me sentir-te que és minha e eu sou completamente teu. Beija-me , preenche-me, tira-me deste sofrimento que me encontro, quebra o silêncio que criámos, deixa-me ouvir-te e ouve-me também, queima-me o desejo e a vontade, deixa-me em cinzas. Possui o meu corpo neste abraço não sentido, mostra-me o caminho para ti, sou completamente teu...
A música pára e retorno ao mundo. Percebo que o silêncio continua instalado entre nós. As gotas salgadas que me caem dos olhos confundem-se com a água que caí sobre a minha cabeça e escorre pelo resto do corpo. Deixo-me ficar aqui até ter coragem, sei que tenho que quebrar este silêncio partir este muro que criámos. Fecho a torneira tenho que enfrentar isto , vou até ao nosso quarto, até ao quarto que agora se tornou teu . A luz do corredor ilumina-o, o quarto está deserto a única coisa que o habita é aquela tela enorme que fizemos de uma fotografia nossa a preto e branco.

Amo-te tanto meu amor, não tinhas o direito de partir tão cedo...
...

terça-feira, março 14, 2006

...

Pensei que teria sido eu a querer-te,
afinal foste tu que me quiseste.
Pensei que teria sido um simples acaso,
hoje percebo foste tu que o provocaste.
Pensei que teria sido eu a encontrar-te,
agora sei que foste tu a procurar-me
Pensei que te conquistava aos poucos,
afinal eras tu que me conquistavas a passos largos.


Hoje peço te só que fiques porque me conquistaste em pleno...

sexta-feira, março 10, 2006

A última vez foi ontem

Hoje será a última vez, a última vez de todas, este será o último copo de whisky e com ele virá o último golo deste veneno que me toma, que se apodera de mim, da minha fragilidade, e que por momentos me ilude que os problemas se foram.Vou deixar que me percorras a garganta enquanto me queimas. Não me perdi ainda, tenho força, posso ultrapassar isto. Hoje será a última vez que vais fazer de companheiro de desabafo. Vou deixar que me preenchas a mente com o vazio de nada, vou deixar-te ficar, até que amanhã acordo mais uma vez para a vida, e percebo que caí outra vez no erro de ontem.

quarta-feira, março 08, 2006

Diferentes..

Não queria ser mais uma,
queria ser aquela
Não queria ser só eu,
queria ser eu mais tu
Não queria que partisses,
queria que ficasses sem partir
Não queria que te esquecesses,
queria que te lembrasses sempre
Não queria que isto fosse só mais um caso,
queria que isto fosse um caso especial
Não queria que tivesses medo,
queria que me desses certezas
Não queria ter frio,
queria que me aquecesses
Não queria olhar para trás e sentir que não foi nada,
queria olhar para trás e para a frente e
saber que houve um passado que requer um futuro
Não queria que me comprasses com prendas,
queria não precisar delas
Não queria que te sentisses inseguro,
queria que soubesses quem sou e porque me tens...
Porque não sou igual, sou diferente..
P.S -» Acho que cada uma de nós é diferente das outras, e porque somos diferentes e iguais, e complexas e simples, e fortes e frágeis, e porque somos mulheres , PARABÉNS, a mim e a todas as mulheres, principalmente aquelas que não podem dizer o que querem, porque são oprimidas, e em especial a outras que conseguiram dar o grito de guerra o tal “BASTA!!”...

segunda-feira, março 06, 2006

Rosa branca..

Tenho passado por ele várias vezes e a curiosidade sobre a sua pessoa tem crescido em mim. Quem será aquele senhor que todos os dias à mesma hora está sentado, no quarto banco castanho do jardim com uma rosa branca a seu lado.
Tem um olhar triste e distante de tudo ao seu redor, parece esperar por alguém que nunca vi aparecer.Observo-o de longe para não perturbar o seu espaço, o seu cabelo é branquinho como a neve e dança com o passar da brisa desta tarde de verão, os seus olhos são um pouco escuros talvez azuis esverdeados não consigo ver bem a cor daqui, tem as mãos sobre a bengala está e vestido de azul. Reparo que o banco onde se senta é o melhor para apreciar pôr do sol. Vejo a maneira como ele aprecia a beleza do sol a descer. Neste parque o pôr do sol é especial por estar perto do mar, permite-nos vê-lo esconder-se lá ao fundo. E hoje parece-me especialmente, bonito e diferente, talvez pelo rosa forte, pelo azul escuro a quer fazer-se notar, pelas estrelas a aparecerem aqui e ali, e talvez porque o senhor sentado no banco se esforça para não chorar, embora em vão porque vejo escorrer-lhe algumas lágrimas pelo canto dos olhos. É estranho ver o senhor chorar, não associo aos senhores o choro, mas este chora em silêncio e agora sem resistência. Gostava de saber a sua história afinal todos nós temos uma não é?
O sol já se foi, vejo-o pegar na Bengala, na rosa branca e num papel, olhar para mim como já o fizera algumas vezes e ao contrário dos outros dias caminha na minha direcção, será que percebeu que o tenho observado? Não, tenho sido bastante discreta, mas a verdade é que o senhor continua a caminhar na minha direcção, apetece-me fugir dali, mas algo me diz para ficar, para esperar um pouco.
O senhor está parado à minha frente endireita a postura e fixa-me nos olhos, e diz: “Abel, o meu nome é Abel e choro um amor impossível de há muito. A Bianca partiu há três anos e hoje resolvi deixa-la ir, dar-lhe descanso, paz, e estou certo que mais tarde ou mais cedo me juntarei a ela.” Disse-me com uma voz doce embora forte e decidida. Os seus olhos eram de um azul esverdeado tão escuro e lindo, estavam só um pouco inchados pelo choro, mas nem por isso perdiam a beleza. Era bem mais alto do que me parecia inicialmente, deveria ter sido muito bonito quando jovem. “Tenho admirado a tua paciência ao vires também á mesma hora para aqui apreciares o por do sol e veres-me estar junto da Bianca. És uma sonhadora, mas continua assim o amor existe hà que procura-lo. Não vês o nosso? É preciso haver mais sonhadores como nós neste mundo, tão perdido de pesadelos. Toma é para ti.” E sem querer saber o meu nome, ou deixar-me fazer alguma pergunta retoma o caminho no sentido contrário ao meu e deixa-me ali com aquele envelope antigo e a rosa branca.

“ Nas tuas mãos terás meu coração, sei que o cuidarás como ninguém. Não terei medo em perder-me nos teus braço. Sei que te pertenço desde o primeiro pôr do sol no jardim, naquele doce fim de tarde de Verão. A primeira rosa branca continua guardada na caixinha junto das cartas que me tens enviado. Quero dizer-te que aceito, Aceito casar-me contigo.
... Amo-te Abel... muito!
Bianca Albufeira”



É certo que isto parte da minha imaginação mas porque razão não poderia ter acontecido.

sábado, março 04, 2006

Não?? Porquê?

O despertador tocou e coincidência ou não era a nossa musica que tocava no rádio, naquela estação que tu punhas sempre mal entravas no carro e que de tanto o fazeres me fizeste passar a gostar. Lembraste da nossa música ?
Ontem resolvi mandar-te um e-mail será que já o leste? Ter-te-á tocado? E as fotografias que escolhi minuciosamente para anexar ao e-mail, será que te fizeram recordar e ter saudades daqueles tempos? A nossa história não podia acabar assim. Sei que gostas e mim e que não me esqueceste, mas então porque teimas em afasta-me, em rejeitares os meus telefonemas, prometeste que irias sempre atender as minhas chamadas então porque as rejeitas agora? Que se passa contigo? Porque não me contas?
Como pudeste dizer-me “isto nunca vai resultar o melhor pararmos por aqui, não sou quem estás há espera, não te vou fazer feliz, desculpa.” E ires-te embora assim sem me dares mais nenhuma explicação, como podes deixar de lutar não há nenhuma “luta”. Que medo é esse que te impede de evoluirmos com isto que temos e que é tão só nosso?
Já é quase uma da manhã e não me disseste nada como podes ser tão egoísta? Como podes pensar só em ti? Como podes querer que isto termine assim? Tens medo de que? Que insegurança é essa que te impede de estares a meu lado e de levarmos isto em frente?
Vou à janela, está a chover a potes, as pingas de água são tão grossas que fazem um barulhão ao bater nas janelas, o vento sopra com bastante intensidade parece furioso, ouço o ribombar dos trovões o céu parce estar em guerra. A campainha toca e aquele frio esperançoso assalta-me o peito e alastra-se, dirigi-me para a porta, eras tu. Estás encharcada, o cabelo está todo molhado as calaças pareciam ter saído da máquina antes da centrifugação, vieste a pé desde a paragem de autocarro até aqui, ainda por cima a estas horas, deves estar gelada penso, puxo-te para dentro e abraço-te, ficas quieta aconchegada nos meus braços á espera de aqueceres um pouco. Aproximas a tua boca da minha orelha e sussurras um "desculpa" sumido ao meu ouvido. Faço-te sinal para que te cales, mas não o fazes continuas a sussurrar-me “gosto muito de ti, gosto muito mesmo e quero estar contigo.” Não sei o que dizer estarei a sonhar, como já o fiz algumas vezes? Não, estás aqui e fazes questão de me mostrares ao tocares com os teus lábios gelados nos meus e agora não eras só tu que estavas encharcada era eu também. Completamos o primeiro beijo com muitos outros e ao mesmo tempo vou te puxando suavemente para a casa de banho, sorris e deixas-te ir. Meio atrapalhadamente ligo a torneira de água quente, sorris novamente sorrimos os dois, percebo que é isto quero poder sorrir contigo mais vezes, neste e em mais momentos.
Pões-me as tuas mão geladas por dentro do polo e vais subindo arrepio-me, olhas para mim e despes-me o polo e juntamente a t-shirt, sinto os teus lábios no meu pescoço o meu coração acelera-se, quero saber como está o teu também, tiro-te o casaco e depois a blusa sentes os meus lábios no teu pescoço depois nos ombros, quero sentir o bater do teu coração na palma da minha mão, percebo que não sou o único que o mantenho acelerado. Água já está quente agora , vejo-a cair em cima da tua cabeça e a escorrer pelo teu corpo, chamas-me para junto de ti e abraças-me. A água desliza nos nosso corpos, tinha saudades de estar contigo e de te puder sentir. Ficamos mais um bocado ali abraçados depois de tudo, a sentir a água quente a passar nos pelo corpo. Pela primeira vez sinto a vantagem do polibã.
Vestes o pijama, como viste ele continuo-o na tua gaveta juntamente com algumas das tuas coisas á tua espera.
Está a dar um filme ficamos a ver deitados na cama, aproximas-te e aninhas-te a mim, fico a ver-te lutar contra o sono durante algum tempo ,mas adormeces, o filme acaba passado um tempo e fico a ver os contornos do rosto com a ajuda da luz da televisão. Desligo-a aconchego-te a mim,penso como é bom ter-te de volta, tinha saudades do teu cheironho, do teu respirar tranquilo e da mania que tens em ter duas almofadas para dormir. Gosto de me sentir assim cheio, preso e completamente livre. Já te disse que isto é perfeito, não?? Porquê?

quarta-feira, março 01, 2006

Pergunta e Resposta...

Ela perguntou-lhe:

Já sabes o que queres??

Ele respondeu:

Eu quero te a TI !!!


És grande..

Tinha me chateado com a minha mãe e não sabia como te explicar o que se passava comigo também. Não te queria enganar sempre foste honesto comigo e sempre foste mais do que esperei de ti, devo dizer que me surpreendeste-me, não te esperava assim tão atencioso, assim tão amigo, tão só como tu és.
Disseste que estavas à porta do prédio á minha espera. Desci, sabia que a conversa ia ser difícil, não sabia como seria a tua reacção e sinceramente não me apetecia discutir com mais ninguém. Percebeste pela minha cara que não estava bem, talvez por isso a seca que te fiz passar. Não disseste nada, tinha te prometido uma explicação e esperavas que fosse eu a quebrar o silêncio. Começaste a ver as lágrimas a criarem-se nos cantos dos meus olhos, viste-as bailar pela força que fazia para rete-las, e foi ai que acabaste por quebrar mais uma faz tuas regras, aproximaste-te de mim e disseste que estavas ali, abraçaste-me e ficaste em silêncio, os teus braços reconfortaram-me o bater do teu coração acalmou-me e percebi que não te queria perder. “Desculpa se te faço sofrer agora, desculpa se sou egoísta e te faço sofrer , desculpa ter percebido mais cedo o quão importante é a tua amizade para mim, desculpa por te respeitar demasiado ao ponto de não puder continuar com o que temos e pedir-te para que sejas só meu amigo”, olhaste para mim como se já tivesses á espera daquela frase á muito tempo, mordeste os lábios como que se isso pudesse ajudar a engolir em seco todas aquelas palavras. As minhas lágrimas agora por mais força que fizessem não consegui-a rete-las escorriam pela cara e já não me preocupava em limpa-las. “Desculpa, desculpa” era a única coisa que saía da minha boca. Puseste-me calmamente os dedos em frente da boca para me pedires para deixar de falar. “Não quero que tenhas pena de mim, não sou nenhum coitado sabia o que tinha pela frente, sempre me disseste o que enfrentava nunca me iludiste, sou teu amigo acima de tudo e espero que nunca duvides disso, acho que estás a lutar por uma causa perdida mas se precisares de mim estarei aqui e saberás onde me encontrar, vou te pedir um tempo para por a minha cabeça em ordem agora vamos para a estação que vou contigo para Lisboa.” Vais? perguntei para mim mesma, é pela tua expressão ias mesmo, deste me tempo para secar as lágrimas e caminhas-te a meu lado até à estação do comboio. Já no comboio pediste-me que te dissesse o que se tinha passado com a minha mãe, expliquei-me e gozaste comigo, disseste que com as mães não havia razões para haver discussões, “a mãe tem sempre razão e ponto final” fizeste-me rir e rimo-nos os dois chamaste-me rebelde de fingir e a tensão dissipou-se. Levaste-me até ao metro esperaste que ele chegasse e quando me ia despedir de ti deste-me um beijo nos lábios, viste me seguir com o metro e foste para casa...