sexta-feira, setembro 22, 2006

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Se fosses mesmo mais do que és, hoje e agora estaria a chorar, porque te perdi, mas pelo contrário sinto me leve, segundo Feud isto não passa se não mais do que um dos mecanismos de defesa do ego, talvez seja talvez não. Por enquanto quero só pensar que vou suportar o facto de não existires mais a meu lado. Não te odeio, se calhar devia tendo em conta que muitos são aqueles que dizem que o ódio está muito perto do amor. Mas não te odeio, não te amo, não nada. O quarto está em silêncio talvez uma música ajude, Jack Johnson soa-me bem, ouvíamos muito quando estávamos juntos por isso vou ouvir, talvez pense que a decisão que tomei esteja errada e volte atrás. Ainda me lembro dos teus olhos azuis olharem os meus, cheios de tanto por dizer sem conseguirem sequer disfarçar o desespero. Pergunto se não pensaste em mim quando agiste de forma tão egoísta, se não pensaste como me poderia sentir ao saber o que fizeste. Lembro de ouvir mais de três vezes a palavra desculpa saída da tua boca seguidamente. Lembro que me abraçares para que sentisse como estavas arrependido, como me querias a teu lado, e lembro-me ainda mais de ver a tua cara quando me afastei de ti e nos teus olhos te disse, “não és o que eu quero para mim, deixa-me se faz favor...” , nessa altura recordo-me de me olhares como se fosse uma desconhecida. Ouvi mais um desculpa e quando pensaste beijar interrompi-te pondo as minhas mãos nos teus lábios. Vi te prender as lágrimas, afinal nunca foste de chorar, acho que sem qualquer sentimento na voz te disse “ se te sentiste bem ao sentir os lábios dela tocarem nos teus juntamente com o resto, óptimo porque ao menos esse momento foi bem passado” virei as costas e fui me embora atrás de mim disseste “sei que não queres falar comigo, que não te mereço, dou-te o tempo que quiseres mas não me deixes”. Olhei para ti uma última vez e disse “tu é que me deixaste”.
Como pudeste ser tão fraco, como pudeste deixar cair tudo por terra. Não te quero mais para mim, digo e repito talvez na tentativa de colocar isso na minha cabeça como uma verdade incontestável.
Pergunto se és tão nada para mim porque continuo a sonhar-te ...


**Jack Johnson – Do you remember**

terça-feira, setembro 12, 2006

Quando a conversa começa em sonhos e acaba em queimaduras.

“She keeps on asking, ‘Do you think it hurts much to die?’.
It’s hurting so much more to stay alive now…”

Existem momentos durante os quais queremos acreditar apenas naquilo que mais gostamos; umas vezes, pensar que aquilo que queremos é nosso, sabe bem e ajuda, ainda que o pensamento esteja incorrecto. Chama-se a isto sonhar.

Noutros momentos, quando o Sol renasce e as estrelas se vão, acordamos com o barulho irritante do despertador a avisar que são horas, ainda um pouco ensonados, e insistimos em colocar na cabeça a ideia de que ainda é cedo. Cedo para despertar, para abrir os olhos, para percebermos. Porque, no fundo, aquilo que não queremos é sair da cama.

Sabes, quando o meu despertador, por vezes, se lembra de tocar, o meu subconsciente ordena-me que o desligue de imediato. E caso não o consiga desligar, o lixo recebe-lo-à com agrado.

O problema, nisto tudo, é que o dito cujo já foi demasiadas vezes para o lixo, e já tive que investir nuns quantos despertadores novos.

Sonhar a partilha das tuas ideias com outra pessoa, sonhar o acumular de momentos importantes, sonhar as confissões mais íntimas, sonhar os risos, sonhar as lágrimas; num sonho, é onde me tenho encontrado durante este ultimo ano, um sonho que é real mas ao mesmo tempo abstracto.

Preferia ter de estudar as linhas do teu corpo e a textura de toda a tua boca. Preferia ter como missão despertar todos os teus sentidos. Ao mesmo tempo. Preferia familiarizar-me com os teus ossos. Descobrir ciências, como a de te despir. Mergulhar na tua transparência, deixar-te mergulhar na minha. Enrolar-me contigo entre as ondas dos lençóis. Contar-te da musicalidade que há entre os nossos corpos. Falar-te em silêncio. Ficar em ti. Entrelaçar os meus dedos nos teus. Sentir a palma da tua mão quente no meu ombro. Os gestos como uma dança. Dessa musicalidade que tento compreender. “Os corações são apenas maestros”.

Enquanto que tu continuas a pensar que estou bem como estou, que me contento com o que tenho e recebo, que não me esforço minimamente, que não tens importância, e que te esqueço num abrir e fechar de olhos. Quando tudo aquilo que deverias perceber é tão simples como uma regra. Uma regra que me ensinaste e que não a esqueço mais. A regra dos contrários, lembras-te?



Quando arde e quando queima, não é para cuidar. Não é para dar calor, não é para tocar. É esperar arrefecer e deixar passar. Querer esconder, é ser como gelo. É ser como ar.

“…She’s gonna find out how much it hurts to die.”

R.

Nota: Porque há coisas realmente únicas e poucos são aqueles que as experimentam ... hoje apetece me mandar um beijinho para tdos..

segunda-feira, setembro 11, 2006

já dizia o outro..

"Posso mesmo não conhecer algumas experiências que tive contigo, mas mesmo assim sinto saudades delas, porque eram contigo. Quero-te aqui. Agora. Comigo. Prometo por uma noite não guardar tudo para mim, e ser
transparente como tu."

sexta-feira, setembro 01, 2006

Recado...

p.s: A minha mão continua estendida até que a tua a agarre ... tive vergonha do que poderias pensar quando acordasses. Desculpa ! ***




Depois de ler Ela pegou no telefone e ligou-lhe...