sexta-feira, abril 28, 2006

Retrato de mim

Pensei que vivia a minha vida, afinal era a de outra, corri para junto dos guarda retratos e percebi que nenhuma das fotos eram minhas, mas sim de outra, que sorria a teu lado e te tocava. Vi nos teus olhos a felicidade que queria para mim, afinal transbordavam dela para todos os lados. Os meu olhos ficaram torvos e deixei de ver. Procurei um resto de mim em ti, mas só existia ela, vi a sua presença nos teus olhos, na tua voz, no teu sorriso, na tua maneira de estar, aquela dos eternamente apaixonados, queria perguntar-te por mim se me conhecias. Mas fui cobarde de mais para o fazer, mantive-me calada. Porque me fizeste isto? Era o que perguntava a mim própria, como me pude cegar, ser alguém que não eu, como pude imaginar alguém a meu lado que nunca me viu ao seu.
A música tocava ao fundo, como aquelas que costumam dar nos filmes nos momentos em que alguém morre. É talvez o meu ser tenha morrido ali naquele chão gelado do sótão, onde os meus olhos perderam as forças e deixaram-se fechar aos poucos e a música que continuava a tocar foi se tornando cada vez menos perceptível, até a deixar por fim de ouvir. Não sei se fiquei ali muito tempo ou alguém deu conta da minha falta. Gostava que todo aquele momento, todos aqueles meses tivessem sido um sonho, ou então um terrível pesadelo, mas sei que não o foram. E uma das grandes marcas é hoje não poder apreciar a beleza das cores, do sol a pôr-se, do vento a beijar as folhas, das ondas a acariciarem a areia da praia e das borboletas a voarem. Mas nem tudo é mau hoje sinto os risos que as gotas de chuva libertam ao cariem do céu, oiço os galanteios que o vento faz ás flores e ás árvores, oiço as alegrias e tristezas de um sorriso, sinto o respirar das árvores na palma das minhas mãos quando lhes toco.
Continuo a ter medo que um dia a porta do sótão se possa abrir, mas desta vez vou estar mais atenta e fecha-la antes de lá querer entrar. Não quero que ele me controle nem ouvir aquela musica de novo...

Enquanto isso não acontece vou aguardar por alguém que me toque e queira ser tocado, talvez um dia possa apreciar de novo a beleza do pôr do sol, e rir-me do que me aconteceu...


quinta-feira, abril 27, 2006

Quinta feira, 28 de abril de 2005 OO:14:29

" Deves ter um pozinho mágico que atrái as pessoas e que as faz ficarem completamente apanhadinhas.
És só diferente. Adoro-te por seres diferente. Não sei se é passageiro não sei se dura mais alguns anos, semanas, meses, o que for. Não sei se é para casar. Mas quero respeitar-te para todo o nosso "sempre". Quero fazer-te feliz,quero que o sonho perdure. Se depender de mim, nunca te tirarei essa vontade de sonhar. Quero entregar-me, ser-te fiel. Quero que me contes tudo o que te põe triste e também tudo o que te deixa com um sorriso nos lábios. Não te quero magoar. Nunca. Acredita que é o que menos quero neste momento. Se alguma vez o fiz, peço mil desculpas, não foi nem será minha intenção."

P.


Nem sempre o Sempre é para SEMPRE !!!
Mas gostar nunca foi fácil, não é? E quem me disse que era enganou-se. Qual é o gozo das coisas se não derem luta?



*Herbie Hancock-- Don´t explain- Damien Rice and Lisa Hanniga*

domingo, abril 23, 2006

És mais para mim do que eu sou para ti eu sei , mas mesmo assim não quero que te esqueças nunca que te amo em pequenos gestos.

Um beijinho desta que muito te ama ...



Palavras simples que dedico a minha Mãe ...

quinta-feira, abril 20, 2006

Voa


Aos poucos foste sentindo necessidade de partir e eu deixei-te voar. Sempre soube que eras livre e que um dia irias querer soltar as asas e voar, voar mais alto, por isso vou deixar-te voar e ser livre, prender-te seria um erro, deixar-te voar será a melhor opção... És livre agora, sempre foste...

domingo, abril 16, 2006

Não digas nada limita-te a apreciar os minutos que ainda te restam.
Abraça-me não me deixes sentir a tua falta



Tenho saudades tuas...