Tenho passado por ele várias vezes e a curiosidade sobre a sua pessoa tem crescido em mim. Quem será aquele senhor que todos os dias à mesma hora está sentado, no quarto banco castanho do jardim com uma rosa branca a seu lado.
Tem um olhar triste e distante de tudo ao seu redor, parece esperar por alguém que nunca vi aparecer.Observo-o de longe para não perturbar o seu espaço, o seu cabelo é branquinho como a neve e dança com o passar da brisa desta tarde de verão, os seus olhos são um pouco escuros talvez azuis esverdeados não consigo ver bem a cor daqui, tem as mãos sobre a bengala está e vestido de azul. Reparo que o banco onde se senta é o melhor para apreciar pôr do sol. Vejo a maneira como ele aprecia a beleza do sol a descer. Neste parque o pôr do sol é especial por estar perto do mar, permite-nos vê-lo esconder-se lá ao fundo. E hoje parece-me especialmente, bonito e diferente, talvez pelo rosa forte, pelo azul escuro a quer fazer-se notar, pelas estrelas a aparecerem aqui e ali, e talvez porque o senhor sentado no banco se esforça para não chorar, embora em vão porque vejo escorrer-lhe algumas lágrimas pelo canto dos olhos. É estranho ver o senhor chorar, não associo aos senhores o choro, mas este chora em silêncio e agora sem resistência. Gostava de saber a sua história afinal todos nós temos uma não é?
O sol já se foi, vejo-o pegar na Bengala, na rosa branca e num papel, olhar para mim como já o fizera algumas vezes e ao contrário dos outros dias caminha na minha direcção, será que percebeu que o tenho observado? Não, tenho sido bastante discreta, mas a verdade é que o senhor continua a caminhar na minha direcção, apetece-me fugir dali, mas algo me diz para ficar, para esperar um pouco.
O senhor está parado à minha frente endireita a postura e fixa-me nos olhos, e diz: “Abel, o meu nome é Abel e choro um amor impossível de há muito. A Bianca partiu há três anos e hoje resolvi deixa-la ir, dar-lhe descanso, paz, e estou certo que mais tarde ou mais cedo me juntarei a ela.” Disse-me com uma voz doce embora forte e decidida. Os seus olhos eram de um azul esverdeado tão escuro e lindo, estavam só um pouco inchados pelo choro, mas nem por isso perdiam a beleza. Era bem mais alto do que me parecia inicialmente, deveria ter sido muito bonito quando jovem. “Tenho admirado a tua paciência ao vires também á mesma hora para aqui apreciares o por do sol e veres-me estar junto da Bianca. És uma sonhadora, mas continua assim o amor existe hà que procura-lo. Não vês o nosso? É preciso haver mais sonhadores como nós neste mundo, tão perdido de pesadelos. Toma é para ti.” E sem querer saber o meu nome, ou deixar-me fazer alguma pergunta retoma o caminho no sentido contrário ao meu e deixa-me ali com aquele envelope antigo e a rosa branca.
“ Nas tuas mãos terás meu coração, sei que o cuidarás como ninguém. Não terei medo em perder-me nos teus braço. Sei que te pertenço desde o primeiro pôr do sol no jardim, naquele doce fim de tarde de Verão. A primeira rosa branca continua guardada na caixinha junto das cartas que me tens enviado. Quero dizer-te que aceito, Aceito casar-me contigo.
Tem um olhar triste e distante de tudo ao seu redor, parece esperar por alguém que nunca vi aparecer.Observo-o de longe para não perturbar o seu espaço, o seu cabelo é branquinho como a neve e dança com o passar da brisa desta tarde de verão, os seus olhos são um pouco escuros talvez azuis esverdeados não consigo ver bem a cor daqui, tem as mãos sobre a bengala está e vestido de azul. Reparo que o banco onde se senta é o melhor para apreciar pôr do sol. Vejo a maneira como ele aprecia a beleza do sol a descer. Neste parque o pôr do sol é especial por estar perto do mar, permite-nos vê-lo esconder-se lá ao fundo. E hoje parece-me especialmente, bonito e diferente, talvez pelo rosa forte, pelo azul escuro a quer fazer-se notar, pelas estrelas a aparecerem aqui e ali, e talvez porque o senhor sentado no banco se esforça para não chorar, embora em vão porque vejo escorrer-lhe algumas lágrimas pelo canto dos olhos. É estranho ver o senhor chorar, não associo aos senhores o choro, mas este chora em silêncio e agora sem resistência. Gostava de saber a sua história afinal todos nós temos uma não é?
O sol já se foi, vejo-o pegar na Bengala, na rosa branca e num papel, olhar para mim como já o fizera algumas vezes e ao contrário dos outros dias caminha na minha direcção, será que percebeu que o tenho observado? Não, tenho sido bastante discreta, mas a verdade é que o senhor continua a caminhar na minha direcção, apetece-me fugir dali, mas algo me diz para ficar, para esperar um pouco.
O senhor está parado à minha frente endireita a postura e fixa-me nos olhos, e diz: “Abel, o meu nome é Abel e choro um amor impossível de há muito. A Bianca partiu há três anos e hoje resolvi deixa-la ir, dar-lhe descanso, paz, e estou certo que mais tarde ou mais cedo me juntarei a ela.” Disse-me com uma voz doce embora forte e decidida. Os seus olhos eram de um azul esverdeado tão escuro e lindo, estavam só um pouco inchados pelo choro, mas nem por isso perdiam a beleza. Era bem mais alto do que me parecia inicialmente, deveria ter sido muito bonito quando jovem. “Tenho admirado a tua paciência ao vires também á mesma hora para aqui apreciares o por do sol e veres-me estar junto da Bianca. És uma sonhadora, mas continua assim o amor existe hà que procura-lo. Não vês o nosso? É preciso haver mais sonhadores como nós neste mundo, tão perdido de pesadelos. Toma é para ti.” E sem querer saber o meu nome, ou deixar-me fazer alguma pergunta retoma o caminho no sentido contrário ao meu e deixa-me ali com aquele envelope antigo e a rosa branca.
“ Nas tuas mãos terás meu coração, sei que o cuidarás como ninguém. Não terei medo em perder-me nos teus braço. Sei que te pertenço desde o primeiro pôr do sol no jardim, naquele doce fim de tarde de Verão. A primeira rosa branca continua guardada na caixinha junto das cartas que me tens enviado. Quero dizer-te que aceito, Aceito casar-me contigo.
... Amo-te Abel... muito!
Bianca Albufeira”
É certo que isto parte da minha imaginação mas porque razão não poderia ter acontecido.
Bianca Albufeira”
É certo que isto parte da minha imaginação mas porque razão não poderia ter acontecido.
6 comentários:
Poix migah...já aconteçeu :S...e é mto triste saber que amamos alguém e esse alguém seja levado pela morte :(! Acho que não há pior sofrimento que esse!Faz me lembrar " As Palavras que nunca te direi" :(! jA custa tanto encontrar o verdadeiro amor....perdelo dessa maneira...acho q n aguentava tal dor!=(...bjos doces***********
«É certo que isto parte da minha imaginação mas porque razão não poderia ter acontecido?»
E tens noção que existem muitas histórias de um 'amor' tão ou mais intenso que esse que acabaste de contar? Quem sabe se não existe mesmo um velhote que repita o mesmo ritual ao longo dos dias, que percorra o mesmo caminho, que continue ainda a pensar, depois de tudo, só nela. E a ideia do bilhete...gostei muito! Estiveste bem...! Parabéns. :)
Mais uma vez, não pares. Quero continuar a ler-te.
«É certo que isto parte da minha imaginação mas porque razão não poderia ter acontecido?»
Como já uma vez disse no meu journal, sendo um universo infinito provavelmente já aconteceu! E especial é a pessoa que o consegue relatar e nem sequer o presenciou...
Gostei muito. Agradeço a tua visita no meu cantinho e o comentário. :) Vou voltar a visitar estes instantes.
um blog leva sempre a outro blog e a outro e a outro...Li alguns dos teus posts mas este foi o que mais me tocou na emotividade...
A maneira como escreves, tao pura e simples, tao perfeitamente fácil de entender, faz com que tenhas um toa grande numero de comentarios e admiradores :) Gostei de ler, é bom ler coisas de pessoas que sentem..e se tu inventas isto, é porque sentes!!
Parabéns! ;)
Cumprimentos bloguistas
E para quando o livro? É esta a pergunta que se impõe, aqui os 'comentadores' estão à espera de ver nas bancadas das grandes livrarias a capa do teu livro e a tua fotografia ao lado. Tens que pensar nisso, porque nunca é tarde nem cedo para tal.
O post ta lindíssimo tal como os otros. Imaginação ou não faz-nos transpor para a realidade, pois por mais tristes que sejam as histórias de amor, estas não deixam de ser bonitas.
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