domingo, novembro 04, 2007

The hardest part about losing love…IS FINDING YOUR WAY BACK

Se amar é gostar incondicionalmente, não importa a cor, a forma, o tamanho, os defeitos, tudo. E se amar é isso, então eu amei-te com todas as minhas forças, mais até do que me amei a mim. Mas que importância teve eu ter dado tudo o que tinha e o que não tinha, que importância teve eu reprimir-me a mim se no final, nada serviu nada valeu realmente a pena.
Crescer é difícil e devo dizer-te que esperar-te naquela cama de hospital foi demasiado difícil, principalmente quando percebi que não vinhas. Mas sabes que mais? Não faz mal eu perdi-te já sei isso. Agora és livre para fazeres o que quiseres, porque eu sei que há de haver um dia por mais longínquo que seja, e por poucos que sejam os minutos ou os segundos que tu penses em mim vais ter saudades. E vais arrepender-te de não teres percebido que eu só te queria a ti, só queria que me amasses!
E peço desculpa se cometi o erro de te amar demais, e querer-te mais do que o que tu querias que eu gostasse, mas agora já não corres esse perigo. Já não o volto a fazer, porque sei que não queres, não gostas, pronto acabou não faz mal, não tens a culpa de ter deixado de gostar, e eu devia saber o meu limite. E agora que o atingi só tenho que perceber que amar-te mais a ti do que a mim mesma não te fez ver o que tu eras para mim, não fez com que me amasses mais, alias fez com que te perdesse.
A pior parte sobre perder o amor é encontrar o caminho de volta… e quem sabe eu encontre o caminho de volta para mim mesma.

Anteontem tentei matar me. Se me orgulho do que fiz? não mas também não me arrependo…

2 comentários:

Anônimo disse...

Amor

Quando os instantes de amanhã se acumulam nas
paredes da casa, eu rasgo as páginas onde te escrevo,
porque sei que tudo será desnecessário, tudo será
frágil. Quando imagino o sol que não sei se poderei ver,
esqueço as paredes e,

com tanta força,
quero que sejas feliz.


José Luís Peixoto
in A Casa, a Escuridão

Anônimo disse...

@Nokkas:


Para ser sincero, não sei se consigo corresponder ao que pediste de mim. Não posso, em boa consciência, dizer que a vida é sempre um caminhar sereno. Às vezes pode bem ser, e é, o contrário. Mas em outras ocasiões, não vais querer mais nada senão aqueles preciosos momentos em que te encontras viva. Sei bem o que é querer e não ter, e sei bem o que é amar alguém que abre mão de tudo o que construímos, por esta ou aquela razão. Não digo isto com a intenção de te contar a minha história, até porque não tenho só uma e até porque não quero falar de mim, mas digo-te que não podemos ter o doce sem o salgado. A vida vale a pena viver? Absolutamente. Vale cada momento em que respiramos. Quando temos a felicidade, a intimidade, o desejo, tudo isto a correr-nos nas veias e no coração, é aí que a vida mostra o seu melhor. Quando não temos, devemos consagrar esses momentos de vazio a homenagear o que um dia tivémos e nunca, em circunstância alguma, pensarmos que foi em vão ou que a felicidade já não volta. A vida é bonita e vale a pena viver. Não digo que não tenha acidentes de percurso, que não tenha momentos piores. Nem sempre é boa para nós, é verdade. Quando escrevo, escrevo ciente disso. Mesmo os poemas mais escuros que escrevo são escritos com essa noção. E os mais luminosos também sabem da escuridão dos dias. Acho que nunca escrevi algo verdadeiramente feliz mas não é por eu nunca ter sido feliz ou por não acreditar na felicidade - é por saber que ambas precisam de habitar os nossos corpos, de deixar uma marca na nossa vida, para verdadeiramente percebermos o quanto elas são importantes.

Sim, a vida vale a pena viver - quando a vivemos. E é isso que precisas de fazer. Vale a pena viver cada dia que quisermos realmente viver. Sei que longe do que ou quem mais queremos é difícil, mas também sei que nem sempre o que queremos é o que verdadeiramente precisamos.



~Diogo Ribeiro.