Dispo-me para ti e fracasso…
Dispo-me de medos, preconceitos, dispo-me receios, angústias ou fraquezas…
Mas fracasso…
Fracasso, porque não percebes que me tens e sou tua.
Fracasso, porque não te sinto meu, quando a dúvida é a única coisa que emanas.
Fracasso, porque não conseguimos ser como antes.
A incerteza cresce como erva daninha nesta relação que tem tanto por onde dar e crescer…
Mas tu negas esse crescimento, como negas que te amo.
Pergunto-me se o fruto da vingança será o único elo que te liga a mim…
Mas mais uma vez, me levanto negando esse facto.
Porque não poderá o Amor dar-nos mais uma hipótese?
Porque razão terá o meu saco de plástico esvaziar se de todos os sonhos que tenho a teu lado?
Porque terão as Estrelas, o Mar, o Vento e a Terra ver o que temos morrer?
Porque razão terá a Lua de perder o brilho quando olhar para nós? Se sempre lhe senti um certo gozo ao observar-nos?
Mais uma vez me dispo, deste medo que me puxa para longe quando quero estar perto, desta incerteza que por vezes me ultrapassa e desta monotonia que deixamos que nos vestisse e visto-me, visto-me de esperança, amor, carinho paixão e tento crescer para que vejas quem sou…
Que o meu fracasso, fracasse hoje manhã e depois… para que seja eu a “sapa que mereces”
Só para que não te esqueces que te quero!

Dedicado ao príncipe Radl...