Se fosses mesmo mais do que és, hoje e agora estaria a chorar, porque te perdi, mas pelo contrário sinto me leve, segundo Feud isto não passa se não mais do que um dos mecanismos de defesa do ego, talvez seja talvez não. Por enquanto quero só pensar que vou suportar o facto de não existires mais a meu lado. Não te odeio, se calhar devia tendo em conta que muitos são aqueles que dizem que o ódio está muito perto do amor. Mas não te odeio, não te amo, não nada. O quarto está em silêncio talvez uma música ajude, Jack Johnson soa-me bem, ouvíamos muito quando estávamos juntos por isso vou ouvir, talvez pense que a decisão que tomei esteja errada e volte atrás. Ainda me lembro dos teus olhos azuis olharem os meus, cheios de tanto por dizer sem conseguirem sequer disfarçar o desespero. Pergunto se não pensaste em mim quando agiste de forma tão egoísta, se não pensaste como me poderia sentir ao saber o que fizeste. Lembro de ouvir mais de três vezes a palavra desculpa saída da tua boca seguidamente. Lembro que me abraçares para que sentisse como estavas arrependido, como me querias a teu lado, e lembro-me ainda mais de ver a tua cara quando me afastei de ti e nos teus olhos te disse, “não és o que eu quero para mim, deixa-me se faz favor...” , nessa altura recordo-me de me olhares como se fosse uma desconhecida. Ouvi mais um desculpa e quando pensaste beijar interrompi-te pondo as minhas mãos nos teus lábios. Vi te prender as lágrimas, afinal nunca foste de chorar, acho que sem qualquer sentimento na voz te disse “ se te sentiste bem ao sentir os lábios dela tocarem nos teus juntamente com o resto, óptimo porque ao menos esse momento foi bem passado” virei as costas e fui me embora atrás de mim disseste “sei que não queres falar comigo, que não te mereço, dou-te o tempo que quiseres mas não me deixes”. Olhei para ti uma última vez e disse “tu é que me deixaste”.
Como pudeste ser tão fraco, como pudeste deixar cair tudo por terra. Não te quero mais para mim, digo e repito talvez na tentativa de colocar isso na minha cabeça como uma verdade incontestável.
Pergunto se és tão nada para mim porque continuo a sonhar-te ...
**Jack Johnson – Do you remember**
Como pudeste ser tão fraco, como pudeste deixar cair tudo por terra. Não te quero mais para mim, digo e repito talvez na tentativa de colocar isso na minha cabeça como uma verdade incontestável.
Pergunto se és tão nada para mim porque continuo a sonhar-te ...
**Jack Johnson – Do you remember**